quinta-feira, 10 de março de 2011

CHINFRIM

A Revista da Ordem dos Médicos publicou em Janeiro um artigo de opinião da autoria do colega William Clode onde, com o direito que lhe assiste, diz o que pensa sobre os homossexuais. A Rede Ex-aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros,  simpatizantes e “ofícios correlativos"  – não gostou, o que também é seu direito. Escreveu uma carta aberta ao Presidente do Conselho Nacional Executivo da Ordem, vulgo Bastonário, pedindo a condenação do artigo, também direito indiscutível. O Bastonário disse-lhes ser a sua opinião sobre o artigo irrelevante e impensável fazer censura na revista, seu direito e obrigação. Chegados aqui, permito-me recordar duas passagens transcritas recentemente neste blog e que se aplicam ao caso em apreço, dispensando mais conversa.
A primeira é de autor desconhecido para mim e diz: Quando um tipo de direita é homossexual, vive tranquilamente a sua vida como tal. Quando um tipo de esquerda é homossexual, faz um chinfrim para que todos o respeitem.

A segunda é da autoria desse “notório fascista” Alberto Gonçalves, cronista do “Diário de Notícias”: Com vasta ingenuidade, eu julgava que a liberdade de expressão protegia sobretudo a possibilidade de se dizer o que outros não gostam de ouvir. Por muito que eu ache retardado o sujeito que elogia Hitler, Lenine, "Che" Guevara, o estrangulador de Boston, a Irmandade Muçulmana ou o Topo Gigio, ele tem, ou deveria ter, o direito de o fazer. E eu tenho, ou deveria ter, o direito a achá-lo retardado. O mesmo vale, ou deveria valer, para as ofensas genéricas a pretos, brancos, homossexuais, heterossexuais, diabéticos ou manetas, hoje escrutinadas por multidões de intolerantes em nome da tolerância.

Fim da conversa.
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