sexta-feira, 11 de março de 2011

PELO CANO, JÁ

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A economia e as finanças de Portugal começaram a patinar perigosamente depois da adesão à então CEE, embora tudo parecesse um mar de rosas na altura. Com Guterres, as coisas agravaram-se - embora já não viessem brilhantes do reinado de Cavaco –  e o janota percebeu a tempo e raspou-se: para evitar o pântano, disse. Nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, não aqueceram nem arrefeceram porque não tiveram tempo para trocas térmicas. Com Sócrates chegou a calamidade. Provinciano ambicioso, inculto e primário, sem preocupações com coisas menores como escrúpulos, tomou o poder em que já ninguém válido queria pegar e largou à vara larga. Uma personagem assim pode durar algum tempo, eventualmente mais do que se esperava por falta de concorrência competente e interessada, mas tem os dias contados na precisa hora em que toma posse.
Neste momento, parece assistir-se ao estertor da patética figura, que se desdobra em abraços a Chávez,  a dar graxa aos chineses, a fazer eventualmente figuras com ditadores árabes de que é melhor nem tomar conhecimento, a prestar vassalagem à Senhora Merkel que o trata como a um moço de recados, e a apertar o pescoço aos portugueses para mostrar serviço aos parceiros europeus, numa tentativa de sobreviver. Sobreviver ele, que não o País. Esse está de gatas: depois do PEC 1, PEC 2 e PEC 3, hoje de manhã, horas antes de se iniciar uma cimeira em Bruxelas, anunciou o PEC 4 a fim de mostrar serviço. Chegou ao ponto de ignorar a desgraça que vai semeando para mostrar o tal serviço, e chegará ao PEC 295 que é o número de dias que faltam para acabar o ano. O Presidente avisou, no discurso da posse, que há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadão, mas ele não quer saber - quer só sobreviver.
Olhando para trás e para o lado, faço votos de que saia da maneira que merece: pelo cano abaixo à frente da descarga do autoclismo, a caminho da ETAR mais próxima.
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