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Josef Pröll é Ministro das Finanças da Áustria e, como bom austríaco, acha que é o “maior” e os portugueses são um atraso de vida. Deve ter razão mas, ainda assim, não tenho pachorra para esse tipo de gente que habita na Europa acima dos 45 graus de latitude Norte. Então, ontem soprou na trombeta e disse ex-cathedra:
Não é uma questão de nações boas no Norte e nações más no Sul. É, isso sim, uma crise da dívida soberana de alguns países. Os mercados não acreditam na vontade ou na competência dos políticos de alguns membros e, portanto, precisamos de mais disciplina. Os governos da Zona Euro não podem obrigar Portugal a aceitar ajuda do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), estando o país a financiar-se nos mercados - embora a juros incomportáveis. Mas o meu conselho é que Portugal olhe para a Grécia e Irlanda: não se atrasem. Decidam depressa: sim ou não. Se os números de Portugal dizem que não pode financiar-se nos próximos anos sem a ajuda do FEEF, devem beneficiar imediatamente dele. Mas, como disse, não podemos obrigá-los; é a realidade.
Para quem, como eu, aturar indígenas para além do paralelo 45 é penoso, ouvir isto é ainda mais. Excessivo, diria mesmo. Mas quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, é verdade. E quem me vestiu esta linda pele, quem foi?
Exactamente!... Como adivinharam?
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