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Zézito foi a Berlim protagonizar uma rábula com a Senhora Merkel para mostrar aos mercados que a Alemanha «confia» em Portugal. A ideia é encorajá-los a avançar com uns patacos para o torrão luso se endividar mais um nadinha.
Nos bastidores, deve ter havido raspanete, implícito nas palavras: Mas quero dizer expressamente que os esforços de Portugal não só têm a nossa concordância, como foram passos corajosos, que irão ser prosseguidos, e por isso obrigado, porque foi também um contributo para a estabilidade do euro. Aí está: «vão ser prosseguidos», disse a Senhora em público. Em privado, deu o caderno ao Zézito com o trabalho de casa. Zézito não percebe patavina mas, à cautela, levou o coveiro-ajudante de Portugal, de seu nome Teixeira dos Santos, para tomar conta do recado.
Correu bem porque acabou bem. Acabou bem a rábula, diga-se; porque o calvário vem nos próximos tempos, depois de um período conveniente de recato, claro está.
Cuidado com as carteiras!... Vem aí o fisco!...
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