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Toda a gente já viu um filme assim: há dois protagonistas; um, que até então respirava confiança, mesmo certa arrogância, vê-se colocado pelo outro entre a espada e a parede. Fosse um herói romântico escolheria a morte, sendo uma pessoa normal apenas diz: 'poupe-me; faço o que for preciso! Prometo que não volto à vida antiga'.
Assim começa hoje o texto de Henrique Monteiro no “Expresso”. Naturalmente, o primeiro protagonista é o Zézito e o segundo a Senhora Merkel. É verdade! O homem voltou de Berlim de peito aberto e rabo fechado.
Se estivéssemos a falar de personagem com caixa craniana escorreita, diríamos que o Zézito tinha pesadelos povoados pela Chanceler. Mas trata-se de alguém que acabo de ouvir na TV declarando que, se há portagens nas SCUT, isso é culpa do PSD; porque o PS sempre disse que não haveria. Mesmo assim, acrescentou, o PS ainda conseguiu algumas cedências dos sociais-democratas!
Face ao exposto, sugiro a Henrique Monteiro a publicação de uma errata no próximo número do jornal, qual é a referência de que, na história que conta, a primeira personagem é, por lapso, descrita como pessoa normal. Pode até invocar a gralha tipográfica para justificar a correcção.
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