terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CIÊNCIA QUASE OCULTA

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Perto do início da II Guerra Mundial, um químico alemão, Otto Hahn, descobriu forma de provocar a fissão do átomo de urânio, o que liberta enorme quantidade de energia, bombardeando o urânio com neutrões. A fissão era acompanhada da emissão de neutrões do núcleo do átomo que sofria a fissão e era de esperar que esses neutrões, ao atingir outros núcleos próximos, provocassem também a sua fissão, dando origem a uma reacção em cadeia. Na realidade, tal não acontecia.
A razão era simples. Otto Hahn iniciava o processo com neutrões lentos. Estes podiam incorporar-se no núcleo do urânio, tornando-o muito instável, o que levava à sua fissão, dando origem a duas peças, o bário e o criptónio, e vários neutrões. Mas os neutrões que saiam desse átomo eram rápidos, sem condições de se instalarem nos núcleos por que passavam. Enrico Fermi, um físico italiano a trabalhar nos Estados Unidos, conseguiu desacelerar esses neutrões usando grafite. Estavam criadas as condições para desencadear a fissão nuclear em cadeia, libertando quantidades enormes de energia, fosse para fazer uma bomba, fosse para accionar um gerador de electricidade. O resultado é conhecido: Hiroshima e Nagasaki foram arrasadas apenas por duas bombas.
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