quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CIÊNCIA QUASE OCULTA

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O ciclo do carbono é o processo de troca de átomos de carbono entre os seus quatro reservatórios na Terra: os seres vivos, a “terra” e as rochas, o ar, e a água.
O carbono constitui cerca de metade do peso dos seres vivos, se excluirmos a água, e tem no conjunto da biosfera, ou seja no conjunto de todos os seres vivos, um peso da ordem das 575 gigatoneladas. Os oceanos contêm à volta de 36.000 gigatoneladas, sob diversas formas, incluindo organismos vivos. As florestas têm 86% do carbono que reside acima do solo e 73% do que jaz debaixo da terra.
O modo como o carbono transita de um reservatório para outro é muito variado e inclui a fotossíntese, a respiração, a combustão, a decomposição, a digestão e por aí fora. Fala-se em ciclo porque as trocas do átomo entre reservatórios acaba sempre, ao fim de mais ou menos tempo, por o conduzir ao reservatório de origem. Por exemplo, o carbono do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, através da fotossíntese, é incorporado em compostos orgânicos das plantas. Estas depois de comidas por um rato, digeridas e metabolizadas, passam a fazer parte das moléculas do animal. Se uma raposa comer o rato, o carbono muda de ser vivo. Quando a raposa morre, o carbono vai para o solo, dado que é libertado na decomposição dos corpos. Do solo, pode voltar a outra planta, através da raiz, e a outro animal, incluindo o homem, que come animais. Muitas vezes, o processo repete-se inúmeras vezes até, por exemplo, passar a uma árvore que acaba por ser queimada como lenha numa lareira. A combustão liberta dióxido de carbono, que regressa à atmosfera, fechando o ciclo.
O processo foi descoberto por Joseph Priestley e Antoine Lavoisier, e divulgado pelo fisco inglês Humphry Davy. É importante, do ponto de vista ambiental. Anualmente, procura-se fazer o balanço das trocas de carbono entre os vários reservatórios, o que permite saber quais os que tiveram perdas e os que tiveram ganhos. De momento, a grande preocupação é com o balanço da atmosfera porque os ganhos em carbono significam aumento do dióxido de carbono, a que é atribuído papel chave no chamado aquecimento global.
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