domingo, 15 de janeiro de 2012

SOMOS BURROS, OU QUÊ?

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Na sua crónica habitual no “Jornal de Notícias”, Carvalho da Silva, vitalício dirigente da Intersindical, escreve a páginas tantas: [...] O povo português e o país estão a empobrecer aceleradamente. É um facto bem doloroso que já analisei e situei, nesta coluna noutros artigos, em várias das suas expressões e dimensões. O empobrecimento é imposto aos trabalhadores e ao povo como remédio indispensável, como espécie de "penitência" por ter "andado a viver acima das suas possibilidades", e com juras de nos conduzir ao crescimento económico e ao desenvolvimento, dando glória universal aos governantes que impõem tal caminho e ao povo que soube sacrificar-se. [...] Nem uma palavra a propósito dos que puseram os portugueses a “viver acima das possibilidades”, como isso não tivesse importância nenhuma e não fosse criticável. É a teoria do “viveremos à custa dos capitalistas exploradores e eles que não se atrevam a cortar-nos o crédito!”.
Esta é a nova maneira de encarar a História: absolver os que fizeram as asneiras, porque já estão feitas, e demonizar as medidas dos que procuram remediá-las; ou condenar vivamente procedimentos criticáveis do governo actual, em tudo semelhantes àqueles a que assistimos em governos anteriores, afinal História esquecida que já não interessa. Pedro Adão e Silva, socialista incondicional, a este respeito dizia ontem num programa radiofónico que o PS fez isso, mas perdeu as eleições. Logo foi absolvido e pode agora criticar justamente quem o faz, com toda a autoridade, presume-se.
Os políticos e os seus peões de brega, jornalistas, comentadores, sindicalistas e outra tropa, acham-nos parvos. Pensam que, à força de ouvir e ler as mesmas trapaças, acabamos por ser convencidos. Infelizmente, ainda “fazem a cabeça” de muita gente de inteligência escassa, quase tão curta como a deles.
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