Lello, o inefável Lello, o incomparável Lello, o insubstituível Lello, foi presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, cargo muito bem entregue, diga-se em aparte. Em 2008, informa hoje o "Correio da Manhã", Lello, o inefável Lello, blá, blá, blá, fez um contrato com a firma Plurirent para pôr 14 automóveis ao serviço de rabos dos representantes da Nação no Parlamento, entre os quais o rabo de Lello, o inefável Lello, blá, blá, blá, que teve direito a um BMW da série 5.
O custo era modesto, considerando a notoriedade dos referidos rabos—custaram os assentos para Suas Excelências a módica quantia de 900.000 euros, o que não é nada se considerarmos que se tratava de rabos habituados desde o berço às máximas comodidades e cujos detentores vêm prestando impagáveis serviços à Pátria a troco de nada, por assim dizer. Alguma vez Portugal terá possibilidade de pagar ao inefável Lello, blá, blá, blá, o que deve em inteligência e serviço disponibilizados por tão distinto representante do povo do dito Portugal? Não, não e não—o inefável Lello, blá, blá, blá, é impagável, além de inefável e blá, blá, blá.
Pelo acima narrado, pergunta-se a que se deve o escândalo
feito pelo "Correio da Manhã" com o facto. Vou mais para o lado da
inveja. Estando o País, na altura do contrato, prenhe de prosperidade, em pleno
consulado do gestor sem par Zezito, que mais dava um milhão de euros para trás
ou para a frente em automóveis para Suas Excelências? Miserabilismo salazarento
é o que é! E falta de ética republicana, claro!
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