quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

COM A MENTIRA ME ENGANAS

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Jamais diga uma mentira que não possa provar.
Millôr Fernandes

Michael Specter é jornalista da "The New Yorker" e foi um dos defensores de Lance Armstrong no imbróglio em que este se viu metido depois de demonstrado ser um traste de alto coturno. Ontem escreveu um artigo intitulado "What Lance Armstrong Did", onde a páginas tanta diz assim:

[...] Porque confessa agora um homem com grande parte da vida de adulto baseada em hipócrita indignação? A fazer fé na altamente fiável Juliet Macur do "The New York Times", Lance tem razões especiais. Nunca manifestou remorso por infringir as regras, por usar drogas, ou por decepcionar milhões de crianças (e adultos infantis) que acreditaram ser um modelo de comportamento. Não foi porque comprometia o futuro da Livestrong—a fundação contra o cancro que fundou com dinheiro ganho a mentir.
Nada. Lance percebeu que está na mão da Agência Anti-Doping Americana (USADA). Podia ter evitado a exclusão  das competições se tivesse confessado seis meses atrás, mas nessa altura ainda tinha a ilusão que podia destruir a evidência reunida pela USADA, considerada como uma coisa nunca vista.
Vejamos, Lance quer participar no triatlo e noutras provas desportivas e a USADA não o deixa—a menos que assuma o escândalo. Essa é a razão.  Quer voltar à bicicleta. Mas só corre outra vez se disser nomes, implicar colegas, treinadores, amigos—muitas pessoas que ameaçou destruir se alguma vez revelassem a verdade sobre ele.
Apesar de estar completamente errado sobre Lance no passado, farei uma previsão: Lance vai falar, falar, falar. Afinal, quer conseguir qualquer coisa e que mais o importa? Lance não é de confiança. Nunca foi.

Está passada a "certidão de óbito" por um antigo admirador. Fim da linha.
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