Jamais diga uma mentira que não possa provar.
Millôr Fernandes
Michael Specter é jornalista da "The New Yorker" e foi um dos defensores de Lance Armstrong no imbróglio em que este se viu metido depois de demonstrado ser um traste de alto coturno. Ontem escreveu um artigo intitulado "What Lance Armstrong Did", onde a páginas tanta diz assim:
[...] Porque confessa agora
um homem com grande parte da vida de adulto baseada em hipócrita indignação? A
fazer fé na altamente fiável Juliet Macur do "The New York Times", Lance tem razões
especiais. Nunca manifestou remorso por infringir as regras, por usar
drogas, ou por decepcionar milhões de crianças (e adultos infantis) que
acreditaram ser um modelo de comportamento. Não foi porque comprometia o
futuro da Livestrong—a fundação contra o cancro que fundou com dinheiro ganho a mentir.
Nada. Lance
percebeu que está na mão da Agência Anti-Doping Americana (USADA). Podia ter
evitado a exclusão das competições se
tivesse confessado seis meses atrás, mas nessa altura ainda tinha a ilusão que
podia destruir a evidência reunida pela USADA, considerada como uma coisa
nunca vista.
Vejamos, Lance quer
participar no triatlo e noutras provas desportivas e a USADA não o deixa—a menos
que assuma o escândalo. Essa é a razão.
Quer voltar à bicicleta. Mas só corre outra vez se disser nomes,
implicar colegas, treinadores, amigos—muitas pessoas que ameaçou destruir se
alguma vez revelassem a verdade sobre ele.
Apesar de estar
completamente errado sobre Lance no passado, farei uma previsão: Lance vai
falar, falar, falar. Afinal, quer conseguir qualquer coisa e que mais o importa?
Lance não é de confiança. Nunca foi.
Está passada a "certidão de óbito" por um
antigo admirador. Fim da linha.
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