domingo, 3 de março de 2013

PULSAR DO CARANGUEJO

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Quando uma estrela esgota o combustível—material necessário para as reacções de fusão atómica—deixa de produzir-se energia no núcleo estelar, que arrefece e colapsa, como um balão sem ar quente. A massa é enorme e a força da gravidade consequentemente também. Os átomos são esmagados pela pressão brutal dessa enorme força e os electrões a gravitar em volta dos núcleos atómicos são empurrados contra os protões, com os quais se fundem, desaparecendo as cargas eléctricas e formando-se neutrões. Assim se originam as estrelas de neutrões que podem ter um rapidíssimo movimento de rotação—mais de 30 rotações por segundo—e emitir dois  jactos de partículas: essa formação é um pulsar.
Por outro lado, quando o núcleo da estrela colapsa, as camadas externas, tipo casca de laranja, são expelidas para o espaço a grande velocidade sob a forma de gás e poeira cósmica, contendo átomos pesados formados na "central nuclear" do "caroço" da estrela, como o oxigénio, o carbono, o ferro, etc.eventuais futuros constituintes de planetas como o nosso e de outras estrelas (Recorde-se que a seguir ao Big-Bang, durante algum tempo, só havia o átomo mais simples, o hidrogénio, com um protão no núcleo e um electrão em volta. Todos os outros átomos foram formados nas "fornalhas" das estrelas). 
Surgem assim as nebulosas, formadas por gás e poeira que, ionizados pela radiação vinda do centro da velha estrela, emitem radiação visível, RX, ondas de rádio e por aí fora.
Na imagem em cima, vemos o Pulsar do Caranguejo, claramente a emitir jactos de partículas em sentidos opostos, e o gás e a poeira em volta, a Nebulosa do Caranguejo.  Com um nadinha de imaginação, adivinha-se a rotação da estrela de neutrões. Uma imagem extraordinária feita pelo Observatório de RX Chandra, da NASA.
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