Quando uma
estrela esgota o combustível—material necessário para as reacções de fusão
atómica—deixa de produzir-se energia no núcleo estelar, que arrefece e colapsa,
como um balão sem ar quente. A massa é enorme e a força da gravidade consequentemente
também. Os átomos são esmagados pela pressão brutal dessa enorme força e os electrões
a gravitar em volta dos núcleos atómicos são empurrados contra os protões, com os
quais se fundem, desaparecendo as cargas eléctricas e formando-se neutrões.
Assim se originam as estrelas de neutrões que podem ter um rapidíssimo
movimento de rotação—mais de 30 rotações por segundo—e emitir dois jactos de partículas: essa formação é um pulsar.
Por outro lado, quando o núcleo
da estrela colapsa, as camadas externas, tipo casca de laranja, são expelidas
para o espaço a grande velocidade sob a forma de gás e poeira cósmica, contendo
átomos pesados formados na "central nuclear" do "caroço" da
estrela, como o oxigénio, o carbono, o ferro, etc.—eventuais futuros
constituintes de planetas como o nosso e de outras estrelas (Recorde-se que a
seguir ao Big-Bang, durante algum tempo, só havia o átomo mais simples, o
hidrogénio, com um protão no núcleo e um electrão em volta. Todos os outros átomos foram formados nas "fornalhas" das estrelas).
Surgem assim as nebulosas, formadas por gás e poeira que,
ionizados pela radiação vinda do centro da velha estrela, emitem radiação visível,
RX, ondas de rádio e por aí fora.
Na imagem em cima, vemos o Pulsar do Caranguejo, claramente a emitir jactos de partículas em sentidos opostos, e o
gás e a poeira em volta, a Nebulosa do Caranguejo. Com
um nadinha de imaginação, adivinha-se a rotação da estrela de neutrões. Uma imagem extraordinária feita pelo Observatório de RX Chandra, da NASA.
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