O padre italiano Andrea Maggi, da paróquia de Castel Vittorio, durante a homilia queimou na chama duma vela a imagem do Papa, em protesto pela renúncia deste. O bispo de Ventimiglia, Alberto Maria Careggio, considerou o acto execrável.
Interrogado sobre se estava arrependido, o padre Andrea disse que não e comparou Bento XVI ao
capitão Francesco Schettino do "Costa Concordia", quando abandonou o navio
naufragado. Acrescentou que o Papa devia ser a "pedra" da Igreja
católica e permanecer no posto até à morte, adiantando que, se não queria ser
Papa, devia ter recusado quando foi eleito. "Não é nenhum ingénuo ou
noviço", continuou—"nomeou 90 cardeais o que não parece ser de quem não
sabia o que estava a fazer".
Por outro lado, o arcebispo de Sidney, George Pell, membro
de conclave eleitoral do novo chefe da Igreja, considerou o facto um precedente
perigoso por abrir a porta à possibilidade de no futuro surgirem movimentos a pedir a resignação do Papa se o pontificado
não for consensual.
Não tenho nada importante a dizer sobre a matéria e ninguém pediu a minha opinião. Em todo o caso, gostava de fazer uma consideração: o
Papa devia ser, sobretudo, uma figura representativa, assistida por pessoas mais
novas, vigorosas, de vista largas e com
experiência da vida—os verdadeiros governantes da Igreja universal, membros do
clero ou não: se um leigo baptizado pode ser Papa, porque não pode ser
Secretário de Estado ou outra figura qualquer de relevo na Cúria? Teríamos um Papa Queen of England like—mas sem tanta pompa e circunstância porque
não é isso que dá prestígio. Como dizia Leonardo Boff, as instalações do
Vaticano eram bom lugar para um museu; e a gestão global da Igreja devia ser
feita em instalações dignas, sóbrias, modernas e funcionais, mais de acordo com a filosofia de
Cristo. As imagens como a de aí em cima são inaceitáveis no tempo moderno e ainda me lembro delas.
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