Freitas do Amaral
é outra das figuras incontornáveis do regime político português—a somar a
Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva e o Zezito. Além de outros
predicados, ostenta no currículo a ordinarice de um comportamento inaceitável com
Marcelo Caetano, coisa mais ou menos nauseante.
Hoje, ou ontem, terá
dito que a Pátria está entregue a um grupo de irresponsáveis, no que acertou em
cheio. Só que, para chegar a tal conclusão, não se revela necessário cursar
qualquer disciplina no Sience Po de Paris—até a vendedeira de fruta no Mercado
de Benfica sabe isso.
O que irrita na personagem
é a falta de autoridade para emitir bitaites deste quilate. Um fabiano que
aceita ser ministro num governo chefiado pelo Zezito, iliterato pouco mais que
analfabeto, licenciado "à pressão" de forma enviesada e
despudorada, vem declarar, urbi et orbi. que os actuais governantes são irresponsáveis. E dele, o que diz?
Já todos
percebemos ao que anda o Dr. Freitas do Amaral. O Dr. Freitas do Amaral anda ao
mesmo que o Dr. Jorge Sampaio e—já não me admirava tal—é capaz de andar o Dr.
Mário Soares: o Dr. Freitas do Amaral anda a apalpar terreno, ou a tomar o
pulso ao País, para uma candidatura a Belém. Não sei o que tem aquele palácio,
mas é uma tentação para medíocres. Quiçá, alguma cozinheira especialista em
vitualhas de fazer perder a cabeça.
Quando um cidadão
se sente realizado na vida por atingir uma presidência como a de Portugal,
chegando ao ponto de mal disfarçar tal ambição, é a primeira manifestação de
inferioridade que tipifica aqueles que não servem.
Com Freitas do
Amaral em Belém, seria caso para
perguntar com propriedade: QUE
MAIS IRÁ NOS ACONTECER?
.
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