quarta-feira, 14 de maio de 2014

COLISÃO DE ESTRELAS DE NEUTRÕES

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Quando estrelas com massa mais de 30 vezes superior à do Sol explodem em fim de vida, por esgotamento do hidrogénio, o núcleo da estrela colapsa por força da gravidade que deixa de ser anulada pela força expansiva das reacções de fusão nuclear do hidrogénio que ocorriam no núcleo da estrela. Então, formam-se corpos com volume relativamente pequeno e  enormíssima massa. Como quanto maior é a massa e menor o volume maior é a gravidade, esta é colossal no centro dos corpos assim formados. De tal forma que os electrões dos átomos são "empurrados" para dentro do núcleo atómico e, tudo muito bem apertado acaba com os protões desse núcleo, ficando apenas os neutrões para contar como foi. Esses corpos são chamados, um tanto impropriamente, estrelas de neutrões por isso. Fim do primeiro capítulo.
Passando ao segundo, as estrelas de neutrões podem originar várias coisas, incluindo os pulsares, mas isso agora não interessa. Como têm muita massa (propriamente dita e não da que devia haver no Banco de Portugal e o Zezito espatifou), vão atraindo corpos que passam no seu campo gravítico, aumentando sempre. Se medrarem bem e se portarem com juízo, podem chegar a buraco negro ao fim de muito tempo. Fim do segundo capítulo.
Por vezes, duas estrelas de neutrões aproximam-se e, como têm ambas muita força da gravidade, caiem nos braços uma da outra! É amor à primeira vista! Então, formam um buraco negro.
A gravidade do buraco negro é medonha porque a massa é muita e o volume pouco. Para dar ideia do que digo, só uma estrela de neutrões  pode ter 1,5 vezes a massa do Sol numa "bola" com menos de 20 km de diâmetro; e um centímetro cúbico dessa estrela, a massa do Monte Evereste. Imagine-se o que é o encontro de duas dessas estrelas e o que daí resulta. É o que se vê na animação aí em cima.
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