A mente humana
surgiu na Terra com inacreditável rapidez—apenas em 70.000 anos. Um "piscar
de olhos", em termos de tempo cosmológico, separa o Homo erectus—uma besta inteligente com cérebro quase do tamanho do
homem moderno, capaz de usar ferramentas e dominar o fogo, mas ainda muito
incipiente—do Homo sapiens, com muito
maior capacidade de criar e usar ferramentas e cultivando já formas artísticas,
representadas pela pintura de cavernas,
uso de colares e braceletes, fabrico de lâmpadas decorativas e construção de
sepulturas elaboradas.
Que permitiu este
salto tão rápido, incluindo o pensamento? Naturalmente, não há respostas
consensuais, mas tudo leva a crer ter sido a linguagem. O aumento do volume do
cérebro não terá sido, pois já era antes praticamente do tamanho actual. Linguagem
não exactamente externa, mas internalizada, ou "voz interior". Darwin
escreveu que a corrente de pensamento não podia ser desenvolvida sem a ajuda de
palavras, fossem faladas ou silenciosas.
Houve imensa
especulação sobre o discurso interno como modelador do pensamento e só nos
últimos dez anos se aceitou o seu importante papel no pensamento e em todas as
faculdades mentais superiores. Em minha opinião, e isto é apenas palpite, a
mente dos vários povos é diferente, devendo-se o facto a causas variadas, naturalmente; mas em grande parte à língua da respectica cultura.
E, já que falo nisto, continuo a pensar que a melhor "língua/ferramenta"
é o inglês e daí o seu uso quase generalizado na actualidade—é o esperanto do
Século XXI.
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