segunda-feira, 12 de maio de 2014

MUNDO BABÉLICO

.

A mente humana surgiu na Terra com inacreditável rapidez—apenas em 70.000 anos. Um "piscar de olhos", em termos de tempo cosmológico, separa o Homo erectus—uma besta inteligente com cérebro quase do tamanho do homem moderno, capaz de usar ferramentas e dominar o fogo, mas ainda muito incipiente—do Homo sapiens, com muito maior capacidade de criar e usar ferramentas e cultivando já formas artísticas, representadas  pela pintura de cavernas, uso de colares e braceletes, fabrico de lâmpadas decorativas e construção de sepulturas elaboradas.
Que permitiu este salto tão rápido, incluindo o pensamento? Naturalmente, não há respostas consensuais, mas tudo leva a crer ter sido a linguagem. O aumento do volume do cérebro não terá sido, pois já era antes praticamente do tamanho actual. Linguagem não exactamente externa, mas internalizada, ou "voz interior". Darwin escreveu que a corrente de pensamento não podia ser desenvolvida sem a ajuda de palavras, fossem faladas ou silenciosas.
Houve imensa especulação sobre o discurso interno como modelador do pensamento e só nos últimos dez anos se aceitou o seu importante papel no pensamento e em todas as faculdades mentais superiores. Em minha opinião, e isto é apenas palpite, a mente dos vários povos é diferente, devendo-se o facto a causas variadas, naturalmente; mas em grande parte à língua da respectica cultura. E, já que falo nisto, continuo a pensar que a melhor "língua/ferramenta" é o inglês e daí o seu uso quase generalizado na actualidade—é o esperanto do Século XXI.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário