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Tentar parecer inteligente—ou mais inteligente—é prática comum e frequente. Naturalmente, o fenómeno depende do meio e será
diferente numa reunião na Papua-Nova Guiné ou no Conselho Directivo da Universidade
de Harvard. Por exemplo, se em conversa falam de um livro clássico que nunca se leu, pode o cidadão ficar calado, desandar para
outro lado, ou dizer qualquer coisa genérica e vaga, apesar de tudo. Num
inquérito feito a 2 mil pessoas em Inglaterra, 62% optavam pela terceira
hipótese. Voilà—parecer inteligente é um objectivo.
Aliás, mentir sobre a leitura de livros clássicos que não
se leram é a mais frequente das técnicas para parecer inteligente. Mas há outras
e isso está estudado (especialmente nos Estados Unidos). Saloiamente, uma das
mais praticadas é usar óculos. Em sondagem feita pelo Colégio de Optometristas
do Reino Unido, 43% dos interrogados acham que sim: os óculos fazem as pessoas
parecer mais astutas, dizem. Também a face estreita, o nariz comprido e o
queixo fino são associados com inteligência.
Mas há coisas extraordinárias. Por exemplo, é convicção
maioritária que andar mais depressa ou mais devagar que quem nos rodeia é sinal
de estupidez ou vistas curtas! E, sobretudo, a caligrafia. Para americanos,
usar escrita do tipo chamado Comic Sans, criada pela "Microsoft" (ver imagem em cima), é
fatal.
Coisa que cai muito bem é assinar com uma inicial
colocada entre o nome próprio e o apelido—John F. Kennedy, ou George W. Bush, é o
máximo em matéria de massa cinzenta!
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