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Há 4 mil milhões da anos, quase no início da Terra, a intensidade da radiação solar era cerca de um terço da actual. Estava-se na Era Arcaica, com um mistério não esclarecido: a temperatura devia ser fria suficientemente para congelar todos os oceanos, mas os dados geológicos que temos apontam para a existência de água no estado líquido desde a origem dos mares, há mais de 4 mil milhões de anos.
Carl Sagan admitiu que a quantidade de CO2 na atmosfera fosse muito grande – cerca de 100 vezes a actual – com o efeito estufa daí decorrente a permitir a retenção do calor e a manter a Terra quente. Contudo, investigações da Universidade de Copenhague na Gronelândia, analizando rochas com magnetite e siderite, apontam para concentrações de CO2 atmosférico não superiores a três vezes a actual,
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Então, Minik Rosing (à esquerda), o líder da investigação dinamarquesa, admite uma de duas hipóteses. Ou a superfície da área oceânica era muito maior e, sendo escura, absorvia mais calor e mantinha a temperatura elevada, ou, como a vida era escassa, havia menor produção de gases que conduzem à formação de nuvens e chegava mais radiação à superfície da Terra.
A teoria de Rosing é provavelmentre apenas parte da explicação e ele admite-o. Só mais um elo para compreender a dinâmica do nosso planeta desde o berço, matéria fascinante - para quem é fascinante.
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