terça-feira, 15 de janeiro de 2013

FRANCESCO DI BERNARDONE

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O homem chamado Francesco di Bernardone, conhecido hoje como S. Francisco de Assis, era muito magro, mesmo esquelético, e de aparência simples. Usava uma túnica suja, uma corda a servir de cinto e andava descalço. Quando pregava, frequentemente fazia imitações de animais, chorava, dançava, despia-se até ficar em  roupa interior e tocava cítara. Os olhos negros brilhavam e muita gente considerava-o louco ou perigoso. Atiravam-lhe lixo e as mulheres fechavam-se em casa quando se aproximava.
Francisco aceitava tudo isto com serenidade e as qualidades que de princípio faziam pensar ser um excêntrico, eventualmente fizeram-no parecer santo. As suas palavras, dizia um escritor, eram suaves, ardentes e penetrantes. Quando falava, tinha forma de transformar todo o corpo em língua. Nesta fase, quando chegava às cidades, os sinos tocavam e o povo roubava a água com que lavava os pés, que se dizia curar as vacas doentes.
Anos antes de morrer, Francisco foi considerado santo e, em oito séculos, não perdeu prestígio. Depois da Virgem Maria, é o mais conhecido e homenageado dos santos católicos. Francisco é especialmente considerado pelos partidários das causas de esquerda: movimentos de defesa dos direitos dos animais, do feminismo, da ecologia, do vegetarianismo (embora não fosse vegetariano). Mas não é preciso ser de esquerda para gostar de Francisco. Ele é o santo padroeiro—com Catarina e Bernardo de Siena—da nação italiana.
Assim começa um extenso e interessante artigo, intitulado "Rich Man, Poor Man", publicado em 14 de Janeiro deste ano na revista "The New Yorker" que pode ler aqui. Da autoria da escritora e jornalista Joan Acocella, vale a pena ler.

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