sábado, 15 de junho de 2013

RIR É O MELHOR REMÉDIO

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Em hora avançada, ri-me até temer pela integridade do músculo diafragmático. E de que ri?, perguntar-se-á. Ri com a parte final da crónica de Alberto Gonçalves a sair amanhã no DN. É assim:

[...] Não tinha idade para votar Eanes e, na medida em que não sou masoquista, nunca votaria Soares ou sequer nesse monumento à candura chamado Jorge Sampaio. Votei em Cavaco Silva para a presidência. Duas vezes. Dadas as alternativas, ainda não me arrependi. Convinha era que o prof. Cavaco não forçasse a nota. Mesmo que os seus antecessores não fossem estetas da língua, as recentes inovações lexicais do "fazerei" e dos "cidadões" confundem. Mesmo que os seus antecessores não descurassem as artimanhas de conveniência e sobrevivência política, o discurso do Dez de Junho, voltado para a justificação dos actos próprios enquanto primeiro-ministro, deprime. Já o julgamento sumário do exaltado que chamou chulo a Sua Excelência e a mandou trabalhar assusta: mesmo que pelo menos um dos seus antecessores mandasse suprimir um livrinho incriminatório e o respectivo autor, eu, repito, não votei nele nem nos demais. Votei neste, e se o confesso sem orgulho, não tarda escondo-o com vergonha.
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