Diz a imprensa que o antigo director nacional da PSP,
demitido—na altura usaram-se outros eufemismos—por não ter mão nos subordinados,
recebeu uma benesse, qual é a de ir ocupar um lugar em Paris, criado
especialmente para ele e onde vai perceber 12 mil euros mensais, três vezes o
salário auferido antes de fazer prova de incompetência.
Para mim é completamente irrelevante o senhor receber 12
mil, 24 mil, ou 36 mil. Também considero que mandando-o para a reforma
compulsiva—medida eventualmente acertada—não resolvia o buraco financeiro de
Portugal. Mas acho que os governantes saídos na última rifa eleitoral, além de
não terem um pingo de vergonha na cara, coisa sem surpesa porque já estamos
habituados, não têm um nanograma de senso comum.
Quando percebem os janotas deste putativo governo que,
quando se impõem medidas dolorosas e desumanas ao povão, deve este assistir à repartição
equitativa dos sacrifícios? Não percebem. Se pudessem, já tinham
percebido.
Além de carentes de sensibilidade política e social, são
destituídos de senso e pudor. Ao decidirem acintosamente em matérias como este episódio
marginal do ex-director da polícia, mostram não ter noção do que se passa na
rua e provocam o cidadão sem necessidade. Uma lástima!
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