domingo, 18 de março de 2018

RIO NÃO CANTOU A TEMPO

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Rui Rio foi durante muito tempo o D. Sebastião do PSD, o que, só por si, não augurava nada de bom sobre a qualidade do partido. Rio aguardava com aparente serenidade o evoluir da situação até que a oportunidade surgiu, quando a concorrência era fraca. Avançou e ganhou, como se antevia.
Nestas situações, lembro-me sempre da velhíssima anedota do doente mental internado que, quando foi visitado por um ministro, lhe explicou que estava ali forçado e injustificadamente. O ministro ficou impressionado com a situação do homem e com intenção de averiguar o que se passava. Quando estava de saída, o doente surgiu no cimo das escadas e perguntou: Senhor Ministro, já me ouviu cantar de galo? — a que se seguiu um sonoro có-có-ró-có... O ministro ouviu e disse: cantaste a tempo!
Chegados aqui, é caso para dizer que Rio não cantou a tempo, ou cantou baixinho, como a guitarra. Agora são umas enfiadas nas outras: Rio não pára de "cantar de galo" — CÓ-CÓ-RÓ-CÓ... CÓ-CÓ-RÓ-CÓ... CÓ-CÓ-RÓ-CÓ!

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