Leio no “Diário de Notícias” uma crónica onde se admite que a desgraça do fogo que começou em Monchique e continua a avançar em direcção a Silves, não obstante a utilização de meios operacionais numerosos e habitualmente eficazes, será resultado de má coordenação desses meios, de estratégias erradas, de decisões políticas insuficientes e por aí fora.
Começo por esclarecer que o meu conhecimento sobre tal matéria é igual à minha capacidade de decifrar escritos gravados nas pirâmides do Egipto ― tudo que seja apagar mais que uma vela de cera ultrapassa-me. Mas acredito que a competência de muitos críticos do que se está a passar agora em Silves não será muito maior que a minha. E escrevo estas notas para enquadrar um comentário à referida crónica, de um leitor que assina Nuno Calvet e diz assim:
As críticas ao combate do alastramento do fogo em Monchique que aumentou brutalmente logo que o vento se intensificou muito são injustas e só demonstram ou má fé ou total ignorância da quase total impossibilidade física de o debelar. Vejam o que sucede desde há mais de15 dias com o fogo na Califórnia, onde mais de 15.000 homens e vários aviões quadrimotores lutam desesperadamente com incêndios brutais assolados pelo vento sem conseguirem extingui-los. A má língua e a má fé têm uma pátria comum: Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário