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Marcelo Rebelo de Sousa, interrogado sobre se não teme que se tenha aberto a “caixa de Pandora” e que se alargue a contestação dos professores a outras classes profissionais, declarou: “Ora aí está um tema que, porventura, será bom para o Presidente da República se pronunciar quando tiver de analisar a promulgação do Orçamento. Como eu tenho o hábito de explicar a minha posição sobre os orçamentos, se for caso disso, não me esquecerei dessa sugestão“. Ponto parágrafo e nova linha.
Entretanto, o Primeiro-Ministro — agora com o rabo entre as pernas, acossado, irreconhecível e quase "a monte" — afirmou que o Governo está totalmente empenhado em manter uma boa cooperação institucional com o Presidente e considerou "enorme perda para o País se essa relação fosse prejudicada". Oh égua: dos ouvidos de Costa não sai a maldita frase do discurso do Presidente dizendo que usará todas as suas competências quando for caso disso — aí morreu a tranquilidade, o "irritante optimismo", o chiste, o riso trocista e a "vaca voadora" de Costa.
Costa sabe com quem está metido, o que não devia surpreendê-lo, mas surpreendeu. Hoje, como amanhã, depois, depois e depois, Marcelo protagoniza e protagonizará os pesadelos de Costa. E o problema é ser fácil atirar com a geringonça de cangalhas e muito, mesmo muito, difícil fazer Marcelo sumir-se.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
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