terça-feira, 28 de novembro de 2017

O TRIO ERA DE CORDAS

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Granadeiro justifica que algum do dinheiro transferido por Salgado para uma conta sua na Suíça está relacionado com trabalhos que tinha realizado há anos, para o Grupo Espírito Santo, numa empresa de cerâmica das Caldas da Rainha e não com o pagamento de "luvas".
Acho verosímil a explicação porque o comportamento desta gente da Operação Marquês — toda! — está ao nível da louça das Caldas.
Sobre a razão porque o pagamento tinha sido tanto tempo depois, Granadeiro esclareceu: "Eu... eu nunca, nunca, nunca, nunca lhe fui puxar pelo, pelo, pelo, pelo casaco a dizer: "Eh pá paga o que deves..."
Mas o mais divertido vem depois. Interrogado pelo inspector tributário porque tinha o dinheiro ido para a Suíça, Granadeiro responde-lhe: talvez não saiba porque é muito novo, mas naquela altura era chique ter uma conta na Suíça.
Não é uma ternura a ingenuidade de Granadeiro? Recebia o dinheiro do Grupo Espírito Santo através duma offshore clandestina que o transferia para a Suíça porque era chique!
Quando fiz serviço militar, chamava-se a isto "andar a brincar com a tropa". Granadeiro, e outros do grupo, "andam a brincar com a tropa" — estão a precisar de meses, ou anos, de faxina às latrinas.

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