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Quando o Universo "nasceu", há quase 14 mil milhões de anos, não havia planetas, estrelas e muito menos galáxias. Tudo terá começado num ponto a partir do qual se expandiu um "plasma" superaquecido que foi arrefecendo gradualmente: foi o Big-Bang. Para simplificar, vamos dizer que, com esse arrefecimento, se formaram partículas chamadas protões, com carga eléctrica positiva; neutrões, sem carga eléctrica; e posteriormente os electrões, com carga negativa. Daí até ao primeiro átomo, com um protão orbitado por um electrão foi um vê se te avias, eventualmente com um ou dois neutrões no núcleo, juntamente com o protão, os chamados isótopos do hidrogénio, deutério, com um neutrão, e trítio, com dois (ver figura em baixo).
A acumulação de hidrogénio em grandes massas criou enorme pressão no centro desses aglomerados, fazendo a fusão dos átomos de hidrogénio, criando hélio e libertando quantidades enormes de energia.
A partir daí, por mecanismos do mesmo tipo, formam-se outros átomos mais pesados e complicados, com mais neutrões e protões nos núcleo e, consequentemente, mais electrões em volta: o ferro, o cálcio, o enxofre, a sílica, rebabá.
Quando o hidrogénio acaba, depois de todo fundido, o núcleo da estrela colapsa, fica "chocho", e a parte exterior da estrela salta fora como a casca de uma laranja. É um espectáculo de pirotecnia a que chamam supernova mas que, na realidade, deveria chamar-se supervelha.
Serve esta trapalhada toda para explicar a imagem em cima, feita pelo Observatório de Raios X Chandra, que mostra exactamente uma supernova com muitos anos de idade (como supernova!). O Observatório capta a emissão de Raios X, com cores diferentes para cada comprimento de onda, e como os astrónomos sabem a que elemento corresponde cada cor, podem dizer-nos o que são — ver na figura junta a cor do ferro, do cálcio, do enxofre, rebabá.
A partir daí, por mecanismos do mesmo tipo, formam-se outros átomos mais pesados e complicados, com mais neutrões e protões nos núcleo e, consequentemente, mais electrões em volta: o ferro, o cálcio, o enxofre, a sílica, rebabá.
Quando o hidrogénio acaba, depois de todo fundido, o núcleo da estrela colapsa, fica "chocho", e a parte exterior da estrela salta fora como a casca de uma laranja. É um espectáculo de pirotecnia a que chamam supernova mas que, na realidade, deveria chamar-se supervelha.
Serve esta trapalhada toda para explicar a imagem em cima, feita pelo Observatório de Raios X Chandra, que mostra exactamente uma supernova com muitos anos de idade (como supernova!). O Observatório capta a emissão de Raios X, com cores diferentes para cada comprimento de onda, e como os astrónomos sabem a que elemento corresponde cada cor, podem dizer-nos o que são — ver na figura junta a cor do ferro, do cálcio, do enxofre, rebabá.
E o que é mais emocionante é sabermos que o ferro da hemoglobina do nosso sangue, o cálcio dos nossos ossos, o enxofre dos nossos músculos, réu, catrapéu, vieram dali — não Dali, embora esse também tenha vindo de lá, mas dali, supernova. É difícil "encaixar" esta, mas é verdade. Até o Trump, o Jerónimo das políticas patrióticas e de esquerda, o Costa de sua graça António e o inefável Azeredo Lopes, são pó de estrela. Não posso garantir que tipo de estrela era a deles, mas são pó de estrela e ao pó hão-de voltar — como todos!
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