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Tenho estima e admiração por Miguel Esteves Cardoso, a cujos escritos achei quase sempre muita graça. Mas alguma coisa se passa agora: Miguel escreve diariamente no "Público" e as suas crónicas deixam-me perplexo. A título de exemplo, a de hoje termina assim e é quase toda parecida ao transcrito:
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[...] A maneira de a UE mostrar que quer o RU é dificultando a separação. Facilitar a separação é para quem quer separar-se. O desequilíbrio fundamental é este: o RU quer separar-se mas a UE não quer que o RU se separe.
Não é paradoxal: a UE não ganha nada com a separação do RU mas, lá está, o RU até pode ganhar com a separação. Se o RU ganhar com a separação, quem perde é a UE — e não só como exemplo para outros membros que estejam a pensar em sair.
Logo, a UE tem de fazer tudo para que o RU não ganhe com a separação. Os interesses do RU e da UE são completamente diferentes. Por isso é que não podem chegar a um acordo especial — evidentemente desejado pelo RU — que beneficie ambas as partes. O benefício do RU é o prejuízo da UE. (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)*
[...] A maneira de a UE mostrar que quer o RU é dificultando a separação. Facilitar a separação é para quem quer separar-se. O desequilíbrio fundamental é este: o RU quer separar-se mas a UE não quer que o RU se separe.
Não é paradoxal: a UE não ganha nada com a separação do RU mas, lá está, o RU até pode ganhar com a separação. Se o RU ganhar com a separação, quem perde é a UE — e não só como exemplo para outros membros que estejam a pensar em sair.
Logo, a UE tem de fazer tudo para que o RU não ganhe com a separação. Os interesses do RU e da UE são completamente diferentes. Por isso é que não podem chegar a um acordo especial — evidentemente desejado pelo RU — que beneficie ambas as partes. O benefício do RU é o prejuízo da UE. (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)*
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* Os pontos de exclamação entre parêntesis são da minha lavra
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