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Quando íamos à mercearia comprar 1 kg de arroz ― e este não era vendido embalado ―, o vendedor punha um cilindro metálico, alegadamente com a massa de 1 kg, num dos pratos da balança e arroz suficiente no outro prato para a equilibrar; e estava medido o tal kg de arroz.
Até aqui tudo bem. Ou melhor, quase tudo bem porque o peso do vendedor era supostamente igual ao de um cilindro de platina iridiada que está em Paris e tem a massa de 1kg.
E chegados aqui, perguntar-se-á: tem esse cilindro, o de Paris, efectivamente, a massa de 1kg?
Tem e não tem e aí é que está o problema: se alguém pegar nele, com luvas ou sem luvas, para o limpar, por exemplo, no fim da operação já não tem a mesma massa: há corpos minúsculos, até microscópicos, que estavam lá e foram removidos e há outros minusculamente parecidos que são depositados na sua superfície, com origem na pele das mãos que o limparam, ou das luvas que usavam.
Dir-me-ão que são valores desprezíveis, mas são ou não são, dependendo do que estamos a falar. Se estamos a falar do arroz do merceeiro, são claramente desprezíveis. Mas se estamos a falar da medição da massa de um astro como o Sol, a Lua, a Terra, com milhões e milhões de massa, essa diferença cria discordâncias que, neste caso, são literalmente “astronómicas”. Sendo assim, o cilindro de platina iridiada de Paris, com dedadas humanas e sem alguns átomos removidos pela limpesa, é tosco.
Este problema já se pôs em relação à unidade de
Tem e não tem e aí é que está o problema: se alguém pegar nele, com luvas ou sem luvas, para o limpar, por exemplo, no fim da operação já não tem a mesma massa: há corpos minúsculos, até microscópicos, que estavam lá e foram removidos e há outros minusculamente parecidos que são depositados na sua superfície, com origem na pele das mãos que o limparam, ou das luvas que usavam.
Dir-me-ão que são valores desprezíveis, mas são ou não são, dependendo do que estamos a falar. Se estamos a falar do arroz do merceeiro, são claramente desprezíveis. Mas se estamos a falar da medição da massa de um astro como o Sol, a Lua, a Terra, com milhões e milhões de massa, essa diferença cria discordâncias que, neste caso, são literalmente “astronómicas”. Sendo assim, o cilindro de platina iridiada de Paris, com dedadas humanas e sem alguns átomos removidos pela limpesa, é tosco.
Este problema já se pôs em relação à unidade de
comprimento, o metro. Embora ainda exista o metro padrão, uma barra de platina iridiada, também em Paris, para efeitos de cálculos científicos o metro é hoje definido como a distância percorrida pela luz num intervalo de tempo de 1/299.792.458 segundos”. É fracção de uma constante Física, invariável portanto.
Neste momento, físicos e químicos debruçam-se sobre o problema de encontrar um padrão para a massa de 1 kg, padrão que seja dependente de uma constante da Física universal; e a solução deve estar para breve.
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