O PORTUGUÊS ACTUAL É DOLICOCÉFALO, ortocéfalo (quase camecéfalo), metriocéfalo (quase acrocéfalo), levemente eurimetópico, de buraco occipital mesossema (quase megassema), leptoprósopo, cameconco ou mesoconco, leptorrínico, fenozígico (quase criptozígico), mesostafilino (quase leptostafilino), ortognata e megalocéfalo. - A. A. M. Correia, "Os Povos Primitivos da Lusitânia", 1924, p. 327
Há cerca de 11.000 anos, no Médio Oriente, o homem começou a cultivar plantas para se alimentar, deixando de depender exclusivamente de plantas selvagens e animais que caçava. Começou por guardar sementes de espécies com características particularmente favoráveis, para semear na estação seguinte. Através de um processo de selecção artificial, conseguiu a flora adequada à agricultura. Desta forma, por exemplo, ao longo de gerações, transformou o trigo selvagem numa forma em que as sementes permaneciam na planta depois de maduras e podiam ser facilmente retiradas das espigas. E, nos milénios seguintes, povos de todo o mundo usaram processos semelhantes para transformar plantas e animais selvagens em culturas férteis e animais domesticados de que dependem actualmente. Serve isto para dizer que, quando o homem compreende um fenómeno da natureza, quase sempre aproveita tal conhecimento para o controlar e pôr ao seu serviço, aumentando o conforto e bem-estar. Este foi um dos factores que estimularam o nascimento da Ciência e continua cada vez mais a contribuir para o seu desenvolvimento. A procura da compreensão do Universo não é só movida pela utilidade, pois faz parte da natureza do homem tentar perceber o mundo em que vive; mas a aplicação do conhecimento através da tecnologia é, sem dúvida, o grande motor da investigação.
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