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Mário Crespo é um jornalista com a qualidade que lhe permite resistir ao tempo, corajoso, delicado, e lido. É um entrevistador privilegiado, e competente apresentador de notícias na televisão. Para além disso, escreve bem e com humor. Colaborador do Jornal de Notícias até hoje, vamos provavelmente deixar de o ler naquele periódico porque se constatou que não é “voz do dono”.
Em Dezembro, transcrevemos neste blog uma crónica dele sobre palhaços, publicada no JN. A partir dessa publicação, fiquei com a convicção que não tinha muito espaço para continuar a divertir-nos com acutilante humor. Hoje aconteceu o esperado no Estado
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Em tal repasto, Mário Crespo terá sido referido como um “problema” que teria de ter “solução”. A propósito, o jornalista recordava outros “problemas” que tiveram “solução”, como Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz e José Manuel Fernandes.
Pior que praticar a ordinarice, é não ter vergonha de a praticar e reincidir, fazendo dos outros papalvos. Qualquer dos manjericos acima referidos, figuras do Estado a que isto chegou, é capaz de aparecer frente às câmeras de televisão com cândido ar angelical a condenar qualquer tipo de censura, e não só, de que Mário Crespo seja objecto!
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