domingo, 24 de outubro de 2010

MULTICULTURALISMO

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A Alemanha, com um passado colonial pouco significativo, e sobretudo depois das “habilidades” xenófobas do rapaz Adolfo Hitler, nunca esteve muito aberta à imigração. Mas os tempos mudaram, a natalidade vai diminuindo como em toda a Europa, e a pressão dos imigrantes vai vencendo a barreira que tem isolado os boches. Para dar um exemplo, Berlim é a cidade do mundo, a seguir a Istambul, onde vivem mais turcos.

Perante a evidência, foi nascendo um movimento de coexistência com gente de outras extracções, o que não é a mesma coisa que integração. O multiculturalismo convive com outras culturas, mas não quer misturas. E, embora os alemães não o digam, apenas toleraram os estrangeiros por quem não têm grande estima. Às vezes foge-lhes a boca para a verdade.

Mesut Ozil, jogador de futebol agora no Real Madrid e membro da selecção alemã, é filho de pais turcos, mas frequentou uma escola de futebol na Alemanha desde os 6 anos, fala fluentemente a língua, tem cidadania germânica e uma namorada alemã que se converteu ao Islamismo. É um caso típico de integração, ou assimilação, como quiserem chamar-lhe.

No último encontro de futebol entre a Turquia e a Alemanha em Berlim, os alemães ganharam por 3-0 e Ozil meteu um dos golos. No fim do jogo, a Senhora Merckel, que já condenou o multiculturalismo, felicitou os jogadores e abraçou Ozil dizendo-lhe: “Não foi fácil para si”. Isto é, a Senhora Merckel pensa que Ozil não se sente verdadeiramente alemão porque, no íntimo, ela pensa que Ozil não é alemão. Voilá: este é o melhor exemplo de espírito multicultural.
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