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Em 1877, Thomas Edison deu a conhecer a invenção que
ficaria conhecida com o nome de fonógrafo. Até hoje os louros da descoberta
pertencem-lhe, e justamente. Mas diga-se que, dezassete anos antes, um francês
chamado Édouard-Léon Scott de Martinville, já havia dado alguns passos na
técnica, embora com propósito diferente. Martinville estava convencido que era
possível registar os sons de modo a poderem ser lidos como um
texto. A ideia não era reproduzi-los, como fez Edison, mas poder lê-los. Montou uma membrana vibratória numa caixa de ressonância—ou coisa parecida—ligada a um estilete que fazia o traçado, em papel fumado, das vibrações produzidas na membrana pelo som. É claro que o registo dizia respeito, quase exclusivamente, à altura do som e Martinville não conseguia ler coisa nenhuma.
texto. A ideia não era reproduzi-los, como fez Edison, mas poder lê-los. Montou uma membrana vibratória numa caixa de ressonância—ou coisa parecida—ligada a um estilete que fazia o traçado, em papel fumado, das vibrações produzidas na membrana pelo som. É claro que o registo dizia respeito, quase exclusivamente, à altura do som e Martinville não conseguia ler coisa nenhuma.
Mesmo assim, deixou vários registos que seus admiradores
conseguiram transformar em sons com técnicas actuais. O vídeo em cima reproduz
a canção "Au Clair de la Lune" gravada por ele—agora recuperada—e fragmento de outra
gravação com técnica mais recente. Não pode dizer-se que o resultado do método de Martinville
fosse brilhante mas o que valia naquela altura era a inspiração, a intenção, a
tentativa e a persistência. Assim se chegou à Lua.
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