Mais de metade dos comandantes da ANPC tem licenciaturas suspeitas, diz a RTP.
De acordo com as conclusões do documento, a que a RTP teve acesso, 30 dos 70 dirigentes da ANPC concluíram as licenciaturas obrigatórias por lei sem recorrer a equivalências ou créditos.
Já os restantes 40, terminaram o curso com equivalências ou entregaram informação que não é possível aferir. Em resumo, 57% dos comandantes da ANPC "jogam" no clube do Zezito de Vilar de Maçada — sempre se ouviu dizer que o exemplo vem de cima et voilà.
Não se quer com isto dizer que uma licenciatura seja requisito fundamental para o exercício cabal de toda e qualquer actividade, nomeadamente a de responsável por uma área da protecção civil. Provavelmente, haverá pessoas muito pouco letradas capazes de o fazer muito mais eficazmente que doutorados. Mas o problema é formal.
Se alguém se lembra de plasmar na Lei, eventualmente mal, que é necessária a licenciatura para ser comandante da Protecção Civil, não se corrige a asneira "aldrabando" os currículos. No fundo é a péssima tradição de legislar com enorme grau de exigência para depois fechar os olhos a detalhes irrealistas dessa legislação, coisa frequente em Portugal, à beira-mar plantado.
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