...
.
Donald Trump, de acordo com o consenso geral, é um nabo. Quase tudo que diz é para escrever numa pedra de gelo e arquivar ao sol. Do seu círculo saem diariamente bitaites que os media registam, mas que duram tanto no espaço/tempo como a conversa de Sócrates, por exemplo. Mas... Exactamente!... Há sempre um "mas" porque também não há regra sem excepção. No meio de muitos tiros, a probabilidade algum acertar existe.Vem a conversa a propósito do facto de os compiladores do clássico Collins English Dictionary terem considerado que a expressão fake news, tao usada pelo presidente americano, foi a que mais modificou a linguagem no Reino Unido no último ano. Na verdade, mostram complicadas análises do que é dito e escrito no País, que o uso do chavão fake news aumentou, desde o ano passado, 365%!
Fake news, literalmente, significa notícias falsas mas, na realidade, o sentido que Trump (ou os seus conselheiros) lhe dá é diferente. Trump não afirma que os media mentem. Trump insinua que os media distorcem as situações, os factos, as palavras, as intenções e por aí fora, técnica muito usada na política e que funciona nos dois sentidos; ou seja: no sentido "políticos → público/media"; ou no sentido "público/media → políticos".
Noticiar que A, ou B, ou C, foi nomeado para um qualquer lugar por ser amigo do Primeiro-Ministro, pode ser uma fake new. Mas dizer que se está a eliminar a austeridade quando se aumentam ordenados e pensões à custa do corte de recursos em serviços que são obrigações do Estado, como saúde e protecção civil, também é fake new, com a agravante de que esta vem do Estado, supostamente impedido de enganar o povão.
Fake news é um bom recurso de linguagem em todo o mundo. Não sei é se mantém o mesmo sentido depois de traduzido, por exemplo em português, para notícias falaciosas, o que são realmente as fake news. É que o uso em inglês tem implícito o conceito que Trump lhe dá, com a ideia do que é falaz ou enganador e exclusão do que é falso.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário