quinta-feira, 16 de novembro de 2017

HISTÓRIA MESTRA DA VIDA *

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Sobre a extinção da civilização Maia, há consenso de que foi fruto inevitável da mudança do clima. Richardson Gill, em 2007, escreveu: "Vários períodos de seca extrema destruíram as colheitas e mataram milhares nas cidades super-povoadas. Os alimentos e a água acabaram e eles morreram. Não houve nada que pudessem fazer. A selva reclamou as cidades, com os seus palácios e pirâmides, até serem descobertos e retomados por intrépidos descobridores do Século XIX".
Da mesma maneira, ou semelhante, os habitantes da Ilha de Páscoa abateram as árvores, a fim de ganhar espaço para a crescente população e para movimentar as volumosas e características estátuas moai, sem pensar na erosão, na redução da produção alimentar e, por fim, no seu desaparecimento. Os europeus que descobriram a ilha no Século XVIII admiraram como tal povo primitivo conseguiu desenvolver aquela civilização, ao ponto de esculpir as majestosas estátuas de pedra.
Miguel de Cervantes escreveu algures: "O homem prudente deve avaliar os factos futuros pelo que aconteceu no passado e pelo que está a acontecer no presente". E olhando à volta, podemos ver os problemas que temos num mundo superpovoado, complexo, com uma sociedade e um estilo de vida progressivamente mais vulneráveis. Alguma coisa deve ser feita. Estamos a fazê-la? Não sei. Isto é, está a tentar-se fazer qualquer coisa, mas não tenho a certeza que seja a correcta.
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* Adaptado de um ensaio de Guy D. Middleton  in "AEON Magazine"
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