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Este vídeo está publicado no AEON e no YouTube e as imagens são da região de La Mancha, em Espanha. O texto em baixo é do site "Green Cork"
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É no fim da primavera e no início do verão que é mais fácil retirar a cortiça porque a casca está menos aderente ao tronco. Até este momento a cortiça está completamente agarrada ao tronco. É também com temperaturas de cerca de 40ºC e tempo seco que o sobreiro pode ficar exposto sem ser danificado. Depois de descortiçado, o tronco do sobreiro apresenta uma cor avermelhada que depois se transforma em castanho escuro, à medida que as árvores vão regenerando a casca. Para saberem o ano em que tiraram a cortiça, os trabalhadores marcam na árvore a tinta branca o ano. Como a cortiça cresce de dentro para fora a tinta consegue-se sempre ver e assim sabem quantos anos faltam para o próximo descortiçamento. Se a cortiça não for retirada, nova casca começa a crescer no sobreiro, acabando por ficar duas camadas de cortiça. Cada sobreiro vive em média 150 a 200 anos, o que quer dizer que pode ser retirada cortiça cerca de 15 vezes.
O descortiçamento é uma prática artesanal e tradicional que se torna bastante árdua dadas as condições climatéricas, o terreno e as formigas. É uma arte especialista que requer muita perícia, uma certa dureza mas também delicadeza. Os tiradores têm que ter a mão bem afinada para darem a machadada certa que corte a cortiça mas não a árvore. O machado é feito à medida para o descortiçamento, tem um cabo em madeira com uma cunha para levantar a cortiça sem nunca tocar no tronco. Quanto maior for o tamanho da prancha de cortiça retirada maior será o seu valor comercial. Se aos homens fica encarregue o trabalho do machado, as mulheres trabalham em equipa no transporte da cortiça dos sobreiros até a um ponto onde o transporte chegue. De cada sobreiro, são retirados em média 40 a 60 quilos de cortiça, medidos em arrobas. Todo este trabalho é muito bem compensado, pois a cortiça é um material muito útil.
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In "Green Cork"
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A cortiça é a casca do sobreiro – árvore nacional de Portugal desde 2012. É uma casca grossa e esponjosa que pode começar a ser cuidadosamente retirada do sobreiro, após 25 anos deste ter nascido. A primeira cortiça a ser retirada chama-se “cortiça virgem” e este primeiro ato de descortiçamento tem o nome de “desboia”. Passados 9 anos tira-se novamente a cortiça, a que se dá o nome de “secundeira”. Tanto a cortiça virgem como a secundeira têm uma estrutura demasiado irregular pelo que é necessário esperar mais 9 anos para se retirar a “amadia”, cortiça com qualidade suficiente para ser utilizada na produção de rolhas. Nesta altura, o sobreiro já tem 43 anos e passaram 18 anos da primeira retirada de cortiça. A partir daqui, a cada 9 anos pode ser feito o descortiçamento da árvore e essa cortiça pode ser utilizada nas rolhas. A cortiça virgem, a secundeira e toda a cortiça que sobra na produção das rolhas também tem utilização, não em rolhas mas noutros produtos que podem ser feitos com cortiça triturada.É no fim da primavera e no início do verão que é mais fácil retirar a cortiça porque a casca está menos aderente ao tronco. Até este momento a cortiça está completamente agarrada ao tronco. É também com temperaturas de cerca de 40ºC e tempo seco que o sobreiro pode ficar exposto sem ser danificado. Depois de descortiçado, o tronco do sobreiro apresenta uma cor avermelhada que depois se transforma em castanho escuro, à medida que as árvores vão regenerando a casca. Para saberem o ano em que tiraram a cortiça, os trabalhadores marcam na árvore a tinta branca o ano. Como a cortiça cresce de dentro para fora a tinta consegue-se sempre ver e assim sabem quantos anos faltam para o próximo descortiçamento. Se a cortiça não for retirada, nova casca começa a crescer no sobreiro, acabando por ficar duas camadas de cortiça. Cada sobreiro vive em média 150 a 200 anos, o que quer dizer que pode ser retirada cortiça cerca de 15 vezes.
O descortiçamento é uma prática artesanal e tradicional que se torna bastante árdua dadas as condições climatéricas, o terreno e as formigas. É uma arte especialista que requer muita perícia, uma certa dureza mas também delicadeza. Os tiradores têm que ter a mão bem afinada para darem a machadada certa que corte a cortiça mas não a árvore. O machado é feito à medida para o descortiçamento, tem um cabo em madeira com uma cunha para levantar a cortiça sem nunca tocar no tronco. Quanto maior for o tamanho da prancha de cortiça retirada maior será o seu valor comercial. Se aos homens fica encarregue o trabalho do machado, as mulheres trabalham em equipa no transporte da cortiça dos sobreiros até a um ponto onde o transporte chegue. De cada sobreiro, são retirados em média 40 a 60 quilos de cortiça, medidos em arrobas. Todo este trabalho é muito bem compensado, pois a cortiça é um material muito útil.
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In "Green Cork"
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