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A crença de que a doença física pode ser psicossomática, ou seja, causada pela mente fez e faz escola desde o tempo da Medicina Inglesa do Século XVI, desde Le Malade imaginaire (1673) de Molière e desde as descrições de "Histeria" do neurologista francês Jean-Martin Charcot. Indiscutivelmente, a actividade mental tem influência no modo como o doente "sente" ou "vive" os sintomas da doença e, nalguns, terá mesmo papel patogénico cuja dimensão não é mensurável. Contudo, o psiquiatra britânico Eliot Slater, em 1965, dizia: "Infelizmente, temos de reconhecer que a ansiedade, a frustração, a perturbação, a inquietação são tão frequentes em todas as fases da vida que a sua ocorrência perto do aparecimento de uma doença não tem grande significado.
A doença orgânica psicossomática é pois um conceito antigo a respeitar, até prova em contrário; e até considerado na avaliação do doente. Mas sempre de pé atrás porque uma coisa é a doença em si e outra a forma como o doente a sente, a vive e se queixa.
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