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Já sei que sabe o que é ser atleta de lançamento, ou arremesso, de peso ― e de dardo e de disco e de martelo e por aí fora. São modalidades olímpicas. Mas há mais, sem ser olímpicas, embora uma delas merecesse sê-lo: falo do lançamento de ervilhas congeladas ― tal e qual. Saiba que é popular em certas áreas do Reino Unido e envolve regras complicadas, embora a precisar de actualização. Desde logo, porque os primeiros competidores estão em vantagem dado que a semente ainda está dura, bem congelada, encontrando menos resistência do ar ― há falta de legislação sobre o uso de dispositivos para conservar o arremessado em boas condições de o ser.
Depois, vem o imprevisto. Acontece, por vezes, que uma rajada de vento arrasta a semente do lançamento e este não é encontrado. Talvez com cães pisteiros se consiga ultrapassar a dificuldade. Finalmente, e para não me alongar, volto ao vento: é que, de acordo com as leis da aerodinâmica, é completamente diferente lançar a favor ou contra o vento. Diz-se que não há vento favorável para aquele que não sabe o rumo a tomar, mas tal não se aplica agora. No caso vertente, a ervilha congelada conhece o rumo, mas é impotente face à imprevisibilidade dos fenómenos eólicos.
A modalidade carece, talvez, da intervenção de uma Missão da Organização das Nações Unidas para reformulação das regras da modalidade desportiva do Arremesso de Ervilhas Congeladas.
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