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[…] Em contrapartida, Antonio Costa sobreviveu a um ministro da Cultura que ofereceu “salutares bengaladas” a intelectuais da nossa praca – assistindo calmamente à sua demissão. Sobreviveu ao descrédito de Carlos César como padrinho da grande famelga socialista – assistindo calmamente ao seu afastamento de Sao Bento. Sobreviveu aos fogos de 2017 – assistindo calmamente à demissão da ministra Constança Urbano de Sousa e à decapitação da Protecção Civil.
Sobreviveu à falperra de Tancos – assistindo calmamente à queda do inenarrável Azeredo Lopes e do flutuante general Rovisco Duarte. Sobreviveu ao ‘Galpgate’– assistindo calmamente a queda de três secretários de Estado. Sobreviveu a nomeação de primos para gabinetes governamentais – assistindo calmamente à demissão do secretario de Estado do Ambiente. E sobreviveu há dias às golas inflamáveis – conseguindo a proeza de tudo resumir a um adjunto do secretario de Estado da Protecçâo Civil, pobre peão de brega que tem o 12o ano e trabalhava como padeiro numa pastelaria de Vila Nova de Gaia até ter sido feito “técnico especialista” do seu Governo. […]
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"Maria de Aljubarrota" in "O Diabo"
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