quinta-feira, 16 de setembro de 2010

OS CICLOS HEGEMÓNICOS DOS POVOS


Manuel Maria Carrilho recorda hoje, em artigo no Diário de Notícias, que A Ásia retoma, gradualmente, uma posição que - poucas vezes se lembra isto - ela já teve na história. Com efeito, há mil anos, a Ásia representava 75% do PIB mundial e no começo do século XIX ainda andava nos 60%. Foi no decurso deste século e no século XX que a decadência se acentuou, tendo o PIB chinês caído para cerca de 30% do produto mundial em 1820, e para 4,5% em 1950.
Esta verdade só espanta quem não recorda a evolução das civilizações ao longo da História. Para não complicar, basta recordar o Egipto, a Babilónia, a Fenícia, e por aí fora. Os ciclos hegemónicos dos povos são como a evolução biológica e astronómica, com unidades de tempo inimagináveis para o homem. A nossa mente só funciona, e mal, com períodos de séculos: milhares de anos não entram no raciocínio do terráqueo e por isso alguns se espantam.
A Europa e a América caminham de forma clara para a decadência, esgotadas que estão as premissas que as conduziram ao topo. Há todo um conjunto de sinais sociais, éticos, e políticos a apontar para aí. Não é para logo a desgraça, contudo: vai demorar muitos anos. Mas é dos livros que o movimento é irreversível porque está demonstrado pela História - o mal, uma vez instalado, tem o mais reservado dos prognósticos. Errar é próprio do homem e precipitar a decadência por estupidez social é próprio dos povos.
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