sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ENTRE ASPAS


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O ar combalido com que José Sócrates e Teixeira dos Santos surgiram perante as câmaras de televisão não condiz com o perfil de homens informados e inteligentes, atributos que até os figadais adversários lhes reconhecem. Pode ter-lhes doído realmente serem portadores de uma pequena tragédia colectiva, mas nem um nem outro devem demitir-se da quota-parte de responsabilidade no naufrágio. Teixeira dos Santos dormiu mal, José Sócrates sentiu um aperto no coração. Mas nenhum deles exibiu o mais pequeno sinal de arrependimento. Porque na hora de expiar culpas, é sempre mais cómodo atacar os mercados, os especuladores, as agências de rating, os bancos.
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Pedro Ivo de Carvalho in “Jornal de Notícias”
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