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Em 1717, o Rei da Prússia, Frederico Guilherme I, sabedor que o Czar da Rússia, Pedro o Grande, era profundo amante das artes, ofereceu-lhe um conjunto de magníficos painéis de puro âmbar, selando a aliança entre os dois países. O âmbar é uma resina fóssil, produzida por pinheiros que existiam na Escandinávia, na costa do Mar Báltico, há 50 milhões de anos. A resina pegajosa escorria do tronco e ramos lentamente, aprisionando insectos, folhas, penas, rãs, sementes e, quando se tornava espessa, com o passar do tempo, endurecia e transformava-se em âmbar, que os antigos acreditavam ter poderes mágicos e medicinais. Tem matizes dourados, embora também de outras cores, de grande beleza e é fácil de manipular.
Na Segunda Guerra Mundial, os arredores de S. Petersburgo foram os primeiros a ser bombardeados. Os russos já haviam tomado precauções e transferido parte dos tesouros para Leste. Mas, por razões técnicas, não conseguiram desmontar a tempo a Sala de Âmbar e as tropas alemãs viriam a apoderar-se do seu recheio, transferindo-o para o Palácio de Königsberg.
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Em 1979, o governo soviético pôs ponto final nas especulações e mandou proceder à reconstituição da Sala Âmbar. Utilizando fotografias da sala antiga, seis toneladas de âmbar, os melhores mestres, oito milhões de dólares e esforços extenuantes, a nova Sala de Âmbar foi inaugurada em 2003 e voltou a ser a jóia mais preciosa do Palácio de Catarina. É uma obra de arte notável.
A fotografia em cima é da Sala original e, as outras duas de pormenores da Sala actual, depois de reconstituída.
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