Fui ao Norte passar
as férias, mais precisamente ao Minho e a Trás-os-Montes. Pelo caminho só havia
um cartaz abandonado e sujo na Mealhada. Começou ali uma nova educação: entrei
num país sem campanha e sem eleições. [...]
[...] Ninguém, como
se fosse de comum acordo, me disse uma palavra sobre política.[...]
[...] Não quer isto
dizer que o medo se transforme em abstencionismo. Quer dizer que a maneira como
o medo irá votar não é calculável. Não me admirava nada que desse uma maioria à
coligação, ao PS ou a nenhum deles. [...]
Estas são 90 palavras retiradas de um artigo mais extenso
de Vasco Pulido Valente no "Público" de hoje. Deve retratar bem
o que se passa na generalidade do País. As pessoas estão cansadas do actual
Governo, mas ainda não se esqueceram do anterior e das consequências dos seus
delírios. Gostam de ouvir falar em fim da austeridade, mas desconfiam. Com o que já viram, os sucessores
dos que chamaram a troika são para elas uma
pedra que não lhes sai do sapato e vai condicionar o resultado eleitoral.
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