Tenho fortes reservas sobre o comportamento do ex-Primeiro-Ministro José Sócrates que levou à sua detenção preventiva por suspeita da prática de vários crimes. Naturalmente, não possuo mais informação do que a veiculada nos órgãos da comunicação social e as reservas de que falo resultam disso mesmo.
De todos os detidos por envolvimento no mesmo processo,
foi até há pouco o único que permanecia num estabelecimento prisional. Recentemente,
teve possibilidade de ficar em prisão domiciliária com controlo de
"pulseira electrónica", o que recusou. Ontem foi autorizado a
permanecer em prisão domiciliária, não com controlo da "pulseira
electrónica", mas vigilância policial.
Para um ignorante dos procedimentos judiciais como eu, a
situação parece ser a mesma. Só muda a forma como são controlados os seus
movimentos. Por isso me admira que a actual decisão do Tribunal de Instrução Criminal
seja considerada uma alteração da situação processual do ex-Primeiro-Ministro com sabor a reconhecimento de um erro cometido pela Justiça e assim festejada
pelos seus apoiantes.
Façam-se os juízos individuais que a cada um pareçam
correctos, mas aguarde-se tranquilamente a decisão da Justiça que, embora com
naturais limitações, deve ser, ou devia ser, a que está na melhor posição para a tomar.
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