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Jerónimo de Sousa, durante uma visita às Festas das Vindimas, em Palmela, declarou aos jornalistas: “É evidente que, na nossa avaliação [da Coreia do Norte], há elementos que nos perturbam, que nos inquietam. Sabemos que isso acirra particularmente os Estados Unidos, que se deslocam do seu país e vão a dez mil quilómetros de distância incentivar a própria provocação”.Está tudo esclarecido: Jerónimo, em Palmela, a 38 graus de Latitude Norte (não confundir com o de 60 graus), opina que tudo se deve à provocação dos Estados Unidos que vão a Pyongyang acirrar o Querido Líder de penteado de palhaço: "Nós temos muitas bombas atómicas e tu não tens... nós temos foguetes e tu não tens... nós temos um Presidente com penteado de palhaço mais giro que o teu... blá, blá, blá..."
Os comunistas, se tivessem um nadinha de lucidez, metiam a viola no saco e nem queriam saber se Kim Yong-un ainda mexe — até a China se envergonha dele. Mas ser comunista em Portugal é um síndrome que, como todos os síndromes, tem muitas causas, que vão da generosidade louvável mas ingénua, ao mais desprezível ódio a quem é rico, independentemente de ser honrado ou gatuno. Jerónimo pertence ao segundo grupo.
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