sexta-feira, 8 de setembro de 2017

VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA

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[...] O segredo seria valorizar ao máximo as potencialidades diferentes de raparigas e rapazes, desenvolver o mais possível as suas características específicas, tirando o melhor de ambas.
Mas a ideologia do politicamente correcto não quer isto. Porque isto conduziria a que rapazes e raparigas se diferenciassem – e o politicamente correcto quer que se aproximem, que façam as mesmas coisas, que tenham as mesmas brincadeiras, que desenvolvam as mesmas capacidades. O objectivo é ter seres indiferenciados, que não se distingam nem se complementem. Nem se atraiam, porque a atracção decorre da diferença...
Como isto contraria a natureza, vão movimentar-se forças brutais para o impor. Forças que partilham uma concepção totalitária da sociedade e que tentarão calar as vozes contrárias. Forças que contarão com uma militância histérica, de modo a atemorizar os que pensam diferentemente*. Com polícias do pensamento a denunciar os ‘hereges’ e a ‘desmascará-los’. A apontar-lhes o dedo – insultando-os e chamando-lhes os piores nomes.
Infelizmente, sei bem o que isso é.
E é muito triste termos um Governo cúmplice deste processo. O Governo deveria garantir a liberdade de opinião – e não estar ao lado dos que querem impor uma nova cartilha de pensamento único, retirando do mercado o que não convém, como aconteceu com os livros.
[...]

* O sublinhado é meu...
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José António Saraiva in "SOL"
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