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[...] Qualquer presidente sério seria prudente na hora de entregar o governo a um político à volta de quem existiam zunzuns. Mesmo se mais tarde se revelassem falsos. Mas a Sampaio não lhe apeteceu ser prudente. A Sampaio apeteceu-lhe entregar o poder executivo ao seu partido de sempre, ainda que liderado por uma figura já então questionável. Para Sampaio, um socialista com aura de corrupção e de vida acima das possibilidades vale mais do que qualquer político íntegro de outros partidos. Sampaio tornou-se, assim, tão criador do socratismo como o próprio José Sócrates. Vai ser conhecido para a história como o produtor da frase mais traiçoeira, ignorante, irresponsável e populista proferida por um Presidente da República – ‘há vida para além do défice’ – e criador dos governos de José Sócrates. [...]
.[...] Qualquer presidente sério seria prudente na hora de entregar o governo a um político à volta de quem existiam zunzuns. Mesmo se mais tarde se revelassem falsos. Mas a Sampaio não lhe apeteceu ser prudente. A Sampaio apeteceu-lhe entregar o poder executivo ao seu partido de sempre, ainda que liderado por uma figura já então questionável. Para Sampaio, um socialista com aura de corrupção e de vida acima das possibilidades vale mais do que qualquer político íntegro de outros partidos. Sampaio tornou-se, assim, tão criador do socratismo como o próprio José Sócrates. Vai ser conhecido para a história como o produtor da frase mais traiçoeira, ignorante, irresponsável e populista proferida por um Presidente da República – ‘há vida para além do défice’ – e criador dos governos de José Sócrates. [...]
Maria João Marques in "Observador"
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