Toda a literatura é produto de tradução. A tradução não é simplesmente trabalho de especialistas em línguas estrangeiras que convertem textos, mas uma série de transformações que começam na mente do escritor, ao traduzir ideias em palavras; continuam na mente do tradutor, quando transforma o texto de modo a conservar o ritmo, a imagem, o estilo; e na mente do leitor, que faz a conversão da palavra em ideias de forma individualizada: nenhum leitor lê o texto da mesma maneira, isto é, cada um faz uma representação mental própria do que lê, diferente de todas as outras.
Esta é, em síntese, a tese de Michael Cunningham, vencedor do Prémio Pulitzer para Ficção em 1999 e autor do best-seller “The Hours”, no artigo de opinião publicado ontem no “New York Times”.
É um texto muito bem escrito (quem sou eu para o dizer?) que vale a pena ler na íntegra. Se o quiser fazer, clique aqui.
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