quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MEDITAÇÃO



A revista “Psychiatry Research: Neuroimaging” publicou em Janeiro um artigo sobre o efeito da meditação no cérebro. Efeito morfológico e não funcional, e aí reside o interesse. Dezasseis voluntários submetidos a um programa de meditação diária de 30 minutos, durante 8 semanas, foram submetidos a estudo de imagiologia do cérebro, por ressonância magnética, e os resultados comparados com voluntários sem programa de meditação. Os autores verificaram alterações no primeiro grupo, não observadas nos controlos.

As modificações registaram-se no tecido cinzento, nomeadamente com aumento de massa em locais relacionados com a memória e a aprendizagem, e redução em regiões influentes no stress e na ansiedade. Interpretar as variações da massa cinzenta não é linear porque não podem ser consideradas paralelas a alterações funcionais concretas, embora os praticantes da meditação afirmem sentir diferença na actividade psíquica.

A técnica da meditação tem raízes em antigos métodos budistas, introduzidos nos Estados Unidos nos anos 70. Há tradicionalmente algum cepticismo acerca do efeito dessas práticas. Pelo menos o ensaio em referência regista indicações claras da capacidade de modificar o cérebro, eventualmente como o exercício físico aumenta a massa muscular. Interessante!...
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