domingo, 8 de janeiro de 2012

PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA CADA UM TOMA A QUE QUER

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Como é do conhecimento geral, a Jerónimo Martins fez uma manobra de engenharia fiscal que tem sido largamente comentada na comunicação social e no meio político. Não comento a manobra porque é legal, embora ao lado das eructações éticas e patrióticas a que Soares dos Santos nos habituou. Queria chamar a atenção, contudo, para o folheto que a empresa passou a distribuir nas lojas do Pingo Doce, a que também tive direito, redigido em prosa gongórica, dificilmente digerível. Desbastando o gongorismo, lê-se no primeiro parágrafo:
Em nome dos mais de 25 mil colaboradores que o Pingo Doce emprega em Portugal [...] entende esta Companhia [...] partilhar consigo três verdades fundamentais que não têm obtido a atenção devida [...]
Isto é, o Administrador-Delegado da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, que assina o texto, fala em nome de mais de 25 mil pessoas que alegadamente trabalham na empresa. A pergunta é se tal representatividade vale tanto como as bazófias a que nos habituou até agora o Presidente do grupo. Era bom esclarecer.
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