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A imagem mostra uma das pinturas encontradas em três cavernas de Espanha. A datação por urânio-tório indica que têm, pelo menos, 64 mil anos, muito antes do aparecimento do Homo sapiens que terá ocorrido há 20 mil. A ser assim, o homem de Neandertal, nosso antepassado, não era tão parvo como o pintam — ou pintavam.
Segundo João Zilhão, português a trabalhar na Universidade de Barcelona, um dos envolvidos na descoberta e autor da sua publicação, "O achado reforça a ideia da similitude entre o homem moderno e o homem de Neandertal: As duas espécies compartilhavam pensamento simbólico e devem ter sido cognitivamente indistinguíveis. A investigação da origem da linguagem e da cognição humana avançada deve, portanto, olhar para muito antes, mais de meio milhão de anos, para o antepassado comum do homem de Neandertal e do homem moderno".
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